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terça-feira, 24 de agosto de 2010

IPPS: sindicato descarta envolvimento de agentes em fuga e faz denúncias

Depois de ter conhecimento sobre uma possível facilitação por parte de agentes prisionais na fuga de, pelo menos, 3 detentos do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Aquiraz, na madrugada de sábado (21), conforme revelado com exclusividade pelo Diário do Nordeste, a presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos no Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp/CE), Socorro Marques, fez graves denúncias contra a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus).
De acordo com Socorro Marques, houve uma precipitação das autoridades em deixar implícito que a fuga foi facilitada por agentes prisionais, sem antes apurar o caso com o devido rigor. “Não acredito no envolvimento de agentes prisionais nesta fuga. Queremos que o caso seja apurado e esclarecido para não desonrar a categoria, que é a mais prejudicada dentro do frágil sistema carcerário do estado”, disse.
EXCLUSIVO: confira relatório encaminhado à Sejus pelo Sindicato dos Agente Prisionais do Estado
Em defesa dos agentes
Socorro Marques declarou ainda que um dos agentes prisionais que será ouvido pela polícia, sequer estava em vigilância no momento da ocorrência. “Na hora que aconteceu a fuga, o agente prisional encontrava-se em horário de repouso”, afirma ela.
Segundo consta, o agente - que não teve o nome revelado para garantir sua segurança - já foi investigado sob a acusação de ter facilitado a fuga de detentos do IPPS, em 2008, mas foi inocentado.
A Assessoria Jurídica do Sindasp/CE garante que estará à disposição dos profissionais e, caso seja constatada a inocência dos envolvidos, o sindicato entrará com uma representação contra o Estado, afirma a presidente.
Sistema de Monitoramento
A polícia apurou que, no momento da fuga, o sistema de câmeras do presídio estava desligado, por isso não foi possível colher imagens de como os detentos conseguiram sair da prisão.
Para a presidente do Sindasp/CE, a situação é diferente. “Não é que as câmeras estivessem desligadas. Na realidade, elas há muito tempo não funcionam por falta de manutenção”, rebate ela.
Carta-denúncia
Ainda de acordo com Socorro Marques, uma carta-denúncia, elaborada pelos próprios agentes prisionais que trabalham no IPPS, foi enviada à Secretaria de Justiça, alertando sobre as fragilidades da unidade prisional.
“A carta foi protocolada em 27 de abril deste ano e nada foi feito. Advertíamos sobre a insegurança do local, falta de policiais e agentes, precariedades que prejudicavam o atendimento médico e o banho de sol dos detentos, mas nenhuma providência foi tomada”, alerta Socorro.
Insegurança
As péssimas condições de trabalho facilitam a formação de motins e possíveis fugas do IPPS, segundo Socorro Marques.
“Trabalhamos sem nenhum tipo de armamento. No IPPS, é repleto de celas com buracos e trancadas por parafusos. No período noturno, são apenas 4 policiais e 2 agentes prisionais para fazer a guarda de mais de 900 presos. Das 9 guaritas de vigilância nas muralhas, somente 4 delas tinham policiais, na época que fizemos o relatório”, apontou a presidente do Sindasp/CE.
Fonte: Diário do Nordeste

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