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sábado, 7 de agosto de 2010

Fidel aparece de uniforme militar no Parlamento cubano pela 1ª vez em 4 anos

Folha de São Paulo

O ex-ditador cubano Fidel Castro apareceu de uniforme verde-oliva neste sábado no Parlamento pela primeira vez desde que deixou o poder há quatro anos, devido a uma enfermidade.
A sessão legislativa extraordinária, transmitida ao vivo por emissoras de rádio e televisão, com a presença da imprensa estrangeira, foi solicitada por Fidel para falar do perigo de uma guerra nuclear se Estados Unidos e Israel atacarem o Irã.




Há uma semana de completar 84 anos, Fidel cumprimentou e sorriu aos presentes enquanto entrava no Parlamento. Uma multidão em festa gritava "Longa Vida a Fidel" e "Longa Vida a Raúl", uma referência a seu irmão mais novo que assumiu a Presidência.
De pé na tribuna, Castro disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria que assumir sozinho a ordem de começar um conflito nuclear, mas que "não o fará se estiver consciente disso".
"O senhor deve saber que está em suas mãos oferecer à humanidade a única chance real de paz. Só em uma ocasião o senhor poderá fazer uso de suas prerrogativas ao dar a ordem de atirar", declarou Fidel.
"Compreendo que não se pode esperar, nem o senhor daria nunca, uma resposta rápida. Pense bem, consulte seus especialistas, peça opinião sobre o assunto a seus mais poderosos aliados e adversários internacionais", expressou, após qualificar a situação de apocalíptica.
No domingo, o chefe de Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos assegurou que um plano de ataque contra o Irã está preparado para o caso de Teerã se equipar com arma nuclear.
"Peço-lhe que se digne a ouvir este apelo que, em nome do povo de Cuba, lhe transmito. Não me interessam honras, nem glórias. Faça-o! (...) A pior de todas as variantes será a guerra nuclear, que já é virtualmente evitável. Evite-a!", concluiu.
Cuba está sob o embargo americano há 48 anos e não possui, como o Irã, relações diplomáticas formais com os Estados Unidos. Cuba e o Irã figuram, além disso, junto a Sudão e a Síria, na lista negra americana de países que apoiam o terrorismo.
O cubano reapareceu em público no mês passado após quatro anos de afastamento e participou de pequenos atos, como o lançamento de um livro com suas memórias de guerrilheiro.
Fidel renunciou à Presidência em fevereiro de 2008, mas reteve a influência liderança do Partido Comunista e um assento no Parlamento.

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