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| (foto divulgação) |
O grupo foi o responsável pelo assalto com reféns ocorrido no começo da manhã de quinta-feira passada, quando invadiu as dependências do supermercado Hiper Bom Preço, situado na Avenida Santos Dumont, no Papicu (Zona Leste de Fortaleza). Depois de render funcionários e clientes, os ladrões fugiram dali com um malote onde estava todo o dinheiro e cheques arrecadados com as vendas da noite e madrugada anteriores.
Na fuga, a quadrilha utilizou um Corolla preto, que havia sido roubado há, pelo menos, três meses. O carro foi abandonado, logo a seguir, a poucos quarteirões do supermercado, exatamente no cruzamento das ruas Joaquim Lima e Júlio Azevedo, ainda no Papicu.
Pista
Com a chegada da Polícia ao local, logo foi descoberto que o Corolla era fruto de um assalto. A equipe do delegado Aurélio logo descobriu que o automóvel foi o mesmo usado na fuga de bandidos que, na manhã do dia 17 de junho último, por volta de 8 horas, assaltou uma loja de artigos importados situada na Rua Floriano Peixoto, no Centro. Na ocasião, as câmeras do sistema de vigilância eletrônica da empresa registraram todas as cenas do crime, inclusive filmando os bandidos.
Logo após o assalto na loja, as imagens dos criminosos foram entregues ao delegado Aurélio. Os depoimentos dos reféns e de pessoas que estavam próximas dali foram inequívocos quando apontaram as placas do Corolla que o bando usou para fugir.
"Começamos a investigar o carro e descobrimos que as placas haviam sido clonadas, pois o veículo original pertence a uma pessoa de bem, uma senhora. Orientamos para que ela evitasse circular no carro, pois logo o clonado iria aparecer, como de fato foi o que aconteceu. O carro usado pelos ladrões no assalto ao supermercado é o que estava circulando com as placas clonadas. Logo, descobrimos que os dois assaltos (o da loja e o contra o supermercado) foram praticados pelo mesmo grupo", explicou o titular do 34º DP.
Imagens
As imagens colhidas durante o primeiro assalto foram também importantes para a identificação dos criminosos.
"Eles são agressivos, nos chamaram de vagabundos e mandaram todos deitar no chão", relatou um vendedor da loja que acabou virando refém da quadrilha. Do mesmo modo, os ladrões agiram com violência no ataque ao supermercado.
A Polícia descobriu ainda que, o mesmo bando assaltou a loja no Centro duas vezes. A segunda ação criminosa ocorreu no dia 25 de setembro.
Para invadir o estabelecimento, os bandidos chegaram ali demonstrando boa aparência. Identificaram-se como fiscais da Receita Federal e, por conta disso, as portas da loja foram abertas rapidamente. Já dentro do estabelecimento, sacaram as armas e anunciaram o roubo.
Nas imagens fornecidas pela dona da loja à Polícia, o homem que parece ser o chefe da quadrilha, é visto trajando uma camisa azul, de mangas longas. Veste ainda calça de cor escura e usa óculos esporte pretos. As imagens são nítidas e levaram a Polícia a identificá-lo sem nenhuma dúvida. Um advogado chegou a prometer apresentar os acusados à Polícia, ainda na semana passada, mas na manhã de quinta-feira o grupo voltou a agir, agora no Papicu.
Cauteloso, o delegado Aurélio Araújo preferiu não revelar, ainda, os nomes dos quatro bandidos procurados. Ele explica que uma das características do bando é agir com violência contra os reféns. Outro traço do ´modus operandi´ do grupo é sempre fazer um levantamento prévio do local que será assaltado. Assim, aconteceu na loja do Centro no último assalto.
Segundo o relato de um dos funcionários, minutos antes do assalto, o chefe do bando esteve ali, simulando estar interessado em fazer uma compra. Em seguida, saiu e, quando retornou, já estava vestido com outra camisa. Mesmo assim, foi reconhecido como sendo a pessoa que estivera no local momentos antes. "Vamos prendê-los", advertiu o delegado Aurélio.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA
Fonte: Diário do Nordeste
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